Clubes vão à Bolsa de Valores para pagar dívidas

Recentemente, o renomado clube do América do México decidiu seguir o exemplo de grandes clubes europeus e ingressar na Bolsa de Valores.

Com grande entusiasmo por parte dos torcedores, as ações — que inicialmente valiam 1,50 pesos (R$ 3,40) — encerraram o primeiro dia com um aumento de 160% no seu valor, sendo cotadas em 29,98 pesos (R$ 8,86).

O principal objetivo desta operação é angariar recursos para financiar a reforma de 150 milhões de dólares do estádio Azteca, local icônico que sediou finais de Copas do Mundo e abrirá o próximo Mundial em 2026, além de quitar dívidas do clube.

No continente sul-americano, três equipes chilenas — Colo-Colo, Universidad Católica e Universidad de Chile — também estão seguindo os passos do clube mexicano.

Além do desempenho em campo, as transferências de jogadores também exercem uma influência significativa neste cenário. Em 2018, as ações da Juventus aumentaram 50% na Bolsa de Valores de Milão após a contratação do astro Cristiano Ronaldo.

Outros clubes listados incluem Benfica, Porto, Sporting, Ajax, Roma, Lazio, Borússia Dortmund e Celtic.

Até o momento, nenhum clube brasileiro possui ações na B3 (a Bolsa de Valores de São Paulo).

Agora, vamos analisar alguns prós e contras da abertura de capital por parte dos clubes brasileiros…

Vantagens: Possibilidade de captar recursos sem depender exclusivamente de uma fonte, como é o caso das SAFs;

Desvantagens: A instabilidade das ações, que podem variar facilmente de acordo com a situação política do clube.

Vale ressaltar que o ex-presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, considerou vender parte das participações da Neo Química Arena para investidores na Bolsa no ano passado, mas o projeto não avançou.

 

THE CHAMPS