Os desafios de Ramon Diaz no Corinthians…

Foto: Leandro Amorim/Vasco.

O futuro técnico do Corinthians, Ramon Diaz, terá um grande desafio pela frente. Os problemas são maiores do que as soluções. O primeiro deles estará fora de campo. Como o novo treinador irá se relacionar com os dirigentes? Dizem as más línguas que Antônio Oliveira não se bicava com o presidente Augusto Melo. O interlocutor de ambos era o diretor de futebol Fabinho Soldado. Sem falar do “Trem da Alegria” em dia de jogos. Qualquer um pode entrar no espaço dos jogadores, fazer selfs ou pedir autógrafos, seja lá qual for o resultado da partida, o que atrapalha uma barbaridade o ambiente. Atletas perdem a individualidade total, com isso o comandante da equipe também. O amadorismo impera e atrapalha até a liberdade do técnico em dar, por exemplo, uma bronca na equipe ou uma boa preleção.

Dentro de campo, a coisa está feia também. A defesa já tomou mais de 20 gols em 15 rodadas do Brasileirão e tem saldo de -8 no total. Do goleiro ao lateral-esquerdo, ninguém passa confiança. Matheus Donelli era o terceiro goleiro na época de Cássio e Carlos Miguel. Fágner (renovou contrato por mais dois anos) já não é o mesmo de antes, com Matheuzinho bem aquém das expectativas. E quem será o companheiro de Félix Torres no miolo de zaga? Cacá ou Gustavo Henrique? Já a ala esquerda é um grave problema. Hugo teve todas chances do mundo para se afirmar na posição e decepcionou. Nem Matheus Bidú ou o eterno contundido Palacios darão conta do recado.

No meio-campo e no ataque os problemas são menores, mas existem e atrapalham a elaboração da equipe. Ramon optava pelo 4-3-3 no Vasco da Gama pelas características dos jogadores. No Timão, terá de ser diferente: dois volantes ou três; dois atacantes ou apenas um. Como ele pediu a reintegração de Fausto Vera, que estava de saída para o Galo Mineiro, fica difícil prever qual será a alternativa mais eficaz na cabeça de Diaz. O 4-4-2 é o esquema mais provável ou o famoso 4-5-1, numa retranca esperta. Aguentar as pressões do dia-a-dia dos cartolas trapalhões e formar um time, farão de Ramon herói ou vilão nessa aventura corintiana do argentino.

E tenho dito!