James Rodriguez é o “Neymar” da Colômbia


Por que James Rodriguez não é titular no São Paulo beira um grande mistério. Dizer que seria necessário armar um esquema tático específico para ele não passa de desculpa esfarrapada. De longe ele é hoje o melhor e maior jogador das Américas. Está provando isso na seleção colombiana na disputa da Copa América, nos Estados Unidos. Alegar que existe má vontade do camisa 10 também é uma grande bobagem. Pode-se fazer um paralelo entre ele e Neymar. O brasileiro tinha tudo para ser o melhor do mundo ou bola de ouro, mas preferiu cair na vida e levar o futebol na flauta, apesar da concorrência ingrata e injusta de Messi e Cristiano Ronaldo.
Talvez James seja um caso a parte. Atua mal nas equipes e bem na seleção. É uma hipótese possível. No Brasil já tivemos atletas assim. O principal deles foi Denílson. Quando o ex-são-paulino vestia a camisa do Brasil ficava “possuído” e ia para cima dos adversários. Inesquecível a cena de quatro defensores turcos em sua captura na Copa de 2002. Era um inferno, driblador, insinuante, atrevido. James tem outro estilo, é mais clássico como os meias do passado.
Técnico Zubeldia, que se mostra inteligente e bom profissional, poderia repensar o encaixe de Rodriguez no time tricolor. Lucas, por exemplo, está à vontade na equipe. Pode-se dizer que ele se adaptou ao time e não vice-versa. Esse pode não ser o caminho ideal para o colombiano, um “mestre” em lançamentos, passes de 40 metros, visão de jogadas e chutes a gol. Falta na entrada da área, para ele, é “pênalti”. Um jogador com esse potencial deveria ser o capitão da equipe, o maestro do São Paulo. É o tal negócio: clube quer vendê-lo, negociá-lo por um punhado de dólares. O que não se justifica de jeito nenhum.
E tenho dito!